Mas na união entre os sexos, (...), há uma
outra lei divina, imutável como todas as leis de Deus, mas exclusivamente
moral: a lei de amor.1
A
afetividade envolve vários níveis de compreensão e de aplicação na vida
prática.
Há,
na realidade, afetividades, porquanto que as desenvolvemos por seres ou entes
diversos e cada uma com nuances que as tornam únicas e diferenciadas. Há o
afeto pela vida, pelas pessoas, pelos bichos, pelas plantas, pelas atividades,
pelas filosofias e por teorias.
A
afetividade envolve sentimentos diversos que se complementam, como o amor, o
perdão, a compreensão, a simpatia, a empatia, o respeito.
Nos
relacionamentos entre namorados ou cônjuges é comum que se busque certo
exclusivismo como alvo da afetividade do outro, como se uma pessoa fosse capaz
de satisfazer, sozinha, toda a necessidade de afeto que a outra tem. Desta
postura muitas vezes resulta uma grande dose de conflitos, pois os parceiros
não compreendem que o outro precisa das afetividades do amigo, do colega de
profissão, do filho, dos que compartilham das filosofias ou religiões por eles
abraçadas, sem que a sua afetividade se torne ameaçada.
A
orientação d’O Espírito de Verdade quanto ao amor e à instrução2 lança esplendorosa luz
sobre o tema.
É
a necessidade de amar, ou seja, de dar e receber afetividade, que impulsiona o
indivíduo, cedo ou tarde, na busca de uma cultura que o ajudará a descobrir
quais mudanças precisa operar em seu íntimo e, consequentemente, em suas
atitudes, para que conquiste a capacidade de envolver-se por esta energia e de
espargi-la.
Muitas
separações poderiam ser evitadas, mesmo entre casais espíritas, se os pares se
dedicassem ao estudo e à reflexão de temas referentes ao amor, à renúncia, à
importância do silêncio, ao combate íntimo do orgulho e do egoísmo, aos reais
objetivos das uniões, às causas e consequências do ciúme, às influências
obsessivas, à pluralidade das existências e à lei de ação e reação.
Diante
das crises e dificuldades de relacionamentos, buscar o auxílio na literatura
especializada e responsável já não seria o amor por si e pelo outro começando a
pulsar?
O
amor conduz á busca da instrução e esta, por sua vez, abre uma visão nova sobre
o ato de amar, capacitando-nos para relacionamentos mais equilibrados, com
porções cada vez menores de cobranças, negligências, possessividades, acusações
mútuas e, portando, de sofrimentos.
Bom
mesmo é que os temas referidos, e outros afins, se tornassem alvo de estudos
desde a infância, se aprofundando na adolescência e juventude para que, chegado
o momento de intensificação das relações amorosas, o indivíduo se encontrasse
mais amadurecido e apto para a união afetiva.
1. O
Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XXII, item 3;
2. O
Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. VI, item 5.
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