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quarta-feira, 2 de maio de 2012

UNIÕES E AFETIVIDADE - OPINIÃO EVANGÉLICA



Mas na união entre os sexos, (...), há uma outra lei divina, imutável como todas as leis de Deus, mas exclusivamente moral: a lei de amor.1

A afetividade envolve vários níveis de compreensão e de aplicação na vida prática.
Há, na realidade, afetividades, porquanto que as desenvolvemos por seres ou entes diversos e cada uma com nuances que as tornam únicas e diferenciadas. Há o afeto pela vida, pelas pessoas, pelos bichos, pelas plantas, pelas atividades, pelas filosofias e por teorias.
A afetividade envolve sentimentos diversos que se complementam, como o amor, o perdão, a compreensão, a simpatia, a empatia, o respeito.
Nos relacionamentos entre namorados ou cônjuges é comum que se busque certo exclusivismo como alvo da afetividade do outro, como se uma pessoa fosse capaz de satisfazer, sozinha, toda a necessidade de afeto que a outra tem. Desta postura muitas vezes resulta uma grande dose de conflitos, pois os parceiros não compreendem que o outro precisa das afetividades do amigo, do colega de profissão, do filho, dos que compartilham das filosofias ou religiões por eles abraçadas, sem que a sua afetividade se torne ameaçada.
A orientação d’O Espírito de Verdade quanto ao amor e à instrução2 lança esplendorosa luz sobre o tema.
É a necessidade de amar, ou seja, de dar e receber afetividade, que impulsiona o indivíduo, cedo ou tarde, na busca de uma cultura que o ajudará a descobrir quais mudanças precisa operar em seu íntimo e, consequentemente, em suas atitudes, para que conquiste a capacidade de envolver-se por esta energia e de espargi-la.
Muitas separações poderiam ser evitadas, mesmo entre casais espíritas, se os pares se dedicassem ao estudo e à reflexão de temas referentes ao amor, à renúncia, à importância do silêncio, ao combate íntimo do orgulho e do egoísmo, aos reais objetivos das uniões, às causas e consequências do ciúme, às influências obsessivas, à pluralidade das existências e à lei de ação e reação.
Diante das crises e dificuldades de relacionamentos, buscar o auxílio na literatura especializada e responsável já não seria o amor por si e pelo outro começando a pulsar?
O amor conduz á busca da instrução e esta, por sua vez, abre uma visão nova sobre o ato de amar, capacitando-nos para relacionamentos mais equilibrados, com porções cada vez menores de cobranças, negligências, possessividades, acusações mútuas e, portando, de sofrimentos.
Bom mesmo é que os temas referidos, e outros afins, se tornassem alvo de estudos desde a infância, se aprofundando na adolescência e juventude para que, chegado o momento de intensificação das relações amorosas, o indivíduo se encontrasse mais amadurecido e apto para a união afetiva.

1.     O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XXII, item 3;
2.     O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. VI, item 5.




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