No Evangelho Segundo o
Espiritismo, capítulo XXVII, item 7, Allan Kardec nos diz:
Desta máxima: “Concedido vos será o que quer
que pedirdes pela prece”, fora ilógico deduzir que basta pedir para obter e
fora injusto acusar a Providência se não acede a toda súplica que se Lhe faça,
uma vez que Ela sabe, melhor do que nós, o que é para nosso bem.
Às vezes nossa relação
com Deus, o Pai universal, não difere muito da relação que muitos filhos
estabelecem com seus pais e mães terrestres.
Quando desejam algo obter
dos genitores ou educadores, quase sempre agem com impaciência. Querem sua
reclamação atendida prontamente. E, se assim não se der, ficam emburrados,
choram, esperneiam, se jogam ao chão e até dizem que seus pais não os amam mais.
Assim, a nossa postura
perante Deus!
Esperamos ou exigimos que
as respostas às nossas preces cheguem com urgência e que sejamos atendidos exatamente
nos moldes por nós definidos. Agimos como se o Excelso Doador devesse estar
constantemente a nosso serviço.
Quando
não somos atendidos prontamente, lamentamos, reclamamos, nos impacientamos, choramos,
perdemos a fé e até acusamos a Divindade de abandono. É a revelação inequívoca
da nossa infantilidade espiritual, na qual parece insistirmos em permanecer.
O amadurecimento se dará
com o estudo do Evangelho e da Doutrina Espírita, buscando, mesmo em tentativas
de acerto e de erro, as suas impressões em nossos atos, seguindo os alvitres e
exemplos do Mestre Jesus.
Não olvidemos a relação
de total submissão que o Cristo assumiu diante da vontade do Pai durante toda a
Sua missão no planeta, mesmo nos momentos mais difíceis, como aquele no Getsêmani, quando, no início de suas agonias,
clama: “Abba! Ó Pai! Tudo é possível
para Ti: afasta de mim este cálice; seja feito, porém, não o que eu quero, mas
o que Tu queres” (Marcos, XIV, 36).
Eis o Exemplo da máxima
maturidade espiritual: o Filho confiante nos desígnios do Pai e, por isso
mesmo, a eles obediente.
A postura íntima de
confiança e de segurança que assumimos quando temos fé já nos predispõe a
alcançar aquilo que almejamos, nos mantendo calmos e serenos e, portanto, mais
atentos às respostas que partem do Alto mas que, muitas vezes, nos chegam
através de variados “médiuns”: um amigo, ou mesmo um inimigo, uma situação, uma
página de livro.
Convençamo-nos de que
Aquele que nos criou conhece, melhor do que nós, as nossas reais necessidades e
também o momento certo de no-las satisfazer.
Paciência e fé, e a
felicidade já se fará em nós!
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