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Boas-Vindas Bonveno

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quarta-feira, 6 de junho de 2012

VIGIAR, ORAR E DOAR AMOR - SOBRE MEDIUNIDADES



         É muito comum nos centros espíritas, durante as reuniões de vibrações ou de desobsessão, a formulação, por parte dos dirigentes, do seguinte convite: "vamos emanar amor...". Então, começamos a refletir sobre isto.
Por que eu devo doar amor? Para agradar aos Benfeitores Espirituais e deles receber reconhecimento e elogio? Ou será porque com este exercício eu vou impregnando a mim mesmo dessa energia vitalizante e curadora da qual sou o maior necessitado?
Devo emanar amor porque preciso ajudar no socorro dos desencarnados menos felizes ou em função da minha própria carência dessa proteína fluídica no meu espírito?
De qualquer modo, esta emanação do amor precisa fazer-se presente em todos os momentos e lugares da vida cotidiana. Quem frequentemente não emana amor na convivência familiar, no trabalho, na rua, no trânsito, na dor e na alegria, seguramente terá enormes dificuldades em fazê-lo numa sessão mediúnica de desobsessão.
É bom considerarmos, também, que em determinados meios e instantes é possível que haja uma presença bem maior de espíritos necessitados do que em algumas reuniões espíritas específicas. E lá estará o médium, possivelmente cultivando pensamentos e sentimentos indignos e destoantes do amor, do equilíbrio. Em certas situações ele se torna tão necessitado de socorro quanto os desencarnados, ou mais que estes.
Vigilância é amor. Em primeiro lugar por nós mesmos. Ora, quando cercamos um filho querido de cuidados e vigilância para que não sofra algum acidente, tal postura remete inicialmente ao auto-amor e, depois ou simultaneamente, ao altruísmo. Inconscientemente, não queremos que o mal aconteça ao rebento para que não soframos e, em seguida, porque não desejamos que se fira.
Do ponto de vista espiritual, ao assumirmos a postura de alerta constante quanto aos pensamentos, permitindo livre acesso apenas àqueles condizentes com a ética cristã, estaremos agindo amorosamente com nós e com a coletividade, visto que dos bons pensamentos resultarão certamente palavras e atitudes de igual teor, que alcançarão os circunstantes, neles gerando doces e saudáveis sensações, as quais seremos nós os primeiros a sentir.
Oração é amor. Á medida em vamos tomando mais acurados domínios sobre o mecanismo de ação da prece, mais se fortalece nela a nossa fé. Então, nos cercamos da certeza da sua validade como alimento do espírito, benfeitora legítima e eficaz da vida.
Oramos buscando saúde, equilíbrio, amparo, coragem, consolação, aconselhamento seguro. Oramos, enfim, para nos sustentar na vigilância.
Portanto, sendo vigilantes e atentos à oração, nos candidatamos a sermos fontes ou canais contínuos da emanação do amor.
Emanemos amor por e para nós mesmos e nos deixemos envolver nas suaves brisas advindas desse proceder. Depois estendamos a atitude para o outro, nosso irmão, nossa irmã. E eis o cumprimento da orientação de Jesus de amarmos ao próximo como a nós mesmos.

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